Unidade desativada em 2012 dará lugar a um novo complexo de segurança pública.
Dez meses se passaram desde que o Presídio Regional de
Balneário Camboriú teve as grades trancadas pela última vez. Desativada por
ordem da Justiça, a unidade mantém nas paredes rabiscadas e nas camas de
cimento os últimos resquícios dos tempos de superlotação. O prédio foi
devolvido à Secretaria de Justiça e Cidadania à Polícia Civil, que era dona do
terreno, e terá um novo destino.
As paredes serão derrubadas até o fim do ano para dar espaço
a uma nova construção, que abrigará um complexo de segurança com diferentes
serviços. Entre os órgãos que deverão funcionar no novo edifício estão o
Detran, a Delegacia Regional, o Instituto Geral de Perícias (IGP), a Delegacia
da Comarca e a Delegacia da Mulher, Criança, Adolescente e Idoso, de acordo com
a Secretaria de Segurança Pública do Estado.
A construção faz parte de um pacote do governo do Estado,
que inclui R$ 165 milhões em obras e deve ter a licitação anunciada nos
próximos meses.
- A nova sede vai agilizar a integração entre os órgãos e
possibilitar uma gestão de segurança muito melhor - diz a delegada regional de
Balneário Camboriú, Magali Nunes Ignácio.
O espaço que hoje abriga a Delegacia da Mulher, na Marginal
Oeste, dará lugar a uma Central de Plantão Policial (CPP) aos moldes da que
existe em Itajaí, que concentrará registros de boletins de ocorrência, prisões
e apreensões. Já a atual Delegacia da Comarca dará lugar ao estacionamento do
novo complexo.
Fechamento
- A decisão do Estado é uma demonstração de que a OAB (Ordem
dos Advogados do Brasil) estava certa, e que aquele lugar não poderia mais
abrigar ninguém - diz o presidente da OAB em Balneário Camboriú, Leandro Molin
Hannibal.
A entidade foi a responsável pela ação judicial que resultou
na desativação do presídio. Feito para abrigar 100 detentos, o prédio costumava
ter três vezes a lotação máxima. Por falta de espaço, as celas não eram
trancadas e os presos dormiam em colchonetes no pátio, sem abrigo do sol ou da
chuva.
Com o fechamento, os internos foram transferidos para outras
unidades - a maioria, para o Presídio da Canhanduba, em Itajaí. Em março, o
governo do Estado anunciou que cumprirá o compromisso de aumentar as vagas na
Canhanduba, assumida com o fechamento da unidade de Balneário. A nova ala, ao
custo de R$ 10,5 milhões, terá espaço para 312 detentos.
Por: Dagmara Spautz
Fonte: O Sol Diário
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