junho 07, 2010

CNJ na mídia

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O ESTADO DE SÃO PAULO NACIONALCNJ CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Corporação enfrenta CNJJoão Bosco Rabello - O Estado de S.Paulo
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vive uma crise com potencial para impor um retrocesso nos avanços obtidos nos dois últimos anos, na luta contra o corporativismo nos tribunais estaduais.
A partir de 2008 o CNJ soma êxitos como instrumento de controle do Judiciário, tornando quase esquecida a desconfiança sobre a eficiência corregedora de um órgão interno, que o acompanha desde a origem.
A síntese desse ciclo foi a libertação de 22 mil presos indevidos, a inspeção de tribunais em todo o País, a punição inédita de magistrados e suporte tecnológico para o cumprimento de metas produtivas rigorosas, num mutirão pela transparência do Poder Judiciário.
A sucessão no órgão ameaça esse processo. Ao novo secretário-geral do CNJ, Rubens Dihl, é atribuída a representação dos interesses dos tribunais estaduais na luta para manter a condição de ilhas independentes e imunes à fiscalização de suas gestões.
Juiz auxiliar em São Paulo, um dos polos de resistência às inspeções do CNJ, Dihl chegou a Brasília pelas mãos do presidente do órgão, ministro Cezar Peluso, e, com seu aval, investiu contra o trabalho da direção anterior, segundo queixas de conselheiros.
Boa parte dos integrantes do CNJ, entre os quais a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), acha que está em curso uma reação corporativista com o objetivo de subtrair seu poder fiscalizador e torná-lo mero apêndice do Supremo Tribunal Federal (STF).
Erro de 7 milhões
Ao questionar os gastos do mutirão carcerário, o secretário-geral do CNJ, Rubens Dihl, aumentou em R$ 7 milhões as despesas com a operação, que custou pouco mais de R$ 3 milhões. Ele baseou-se no valor disponibilizado no orçamento e não na planilha de despesas realizadas. O erro abalou as relações entre o atual presidente do órgão, ministro Cezar Peluso, que também preside o STF, e seu antecessor nos dois cargos, ministro Gilmar Mendes. Inconformado, Mendes distribuiu por conta própria a planilha dos gastos reais aos conselheiros e pediu a Peluso sua inserção no site do tribunal.
Método
A ação de Rubens Dihl é metódica e retira Mendes da rotina de juiz para sucessivos esclarecimentos sobre sua gestão no CNJ. Dizendo-se autorizado por Peluso, o secretário-geral inibe reações mais ríspidas às suas abordagens, mas produz mal-estar geral. Peluso tornou-se inacessível, ao delegar a ação administrativa a Dihl e conduzir as sessões de forma muitas vezes autoritária, segundo queixas de integrantes do conselho.

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